Pra que aprender inglês?

G’day, everyone!
Que pergunta profunda, rapaz!
Diferente de “por que?”, o “para que?” quer saber qual a finalidade de fazermos isso ou aquilo. O “para que?” têm um significado mais profundo, uma motivação maior, um objetivo a ser atingido, algo que vai muito além do simples porquê fazemos alguma coisa.
- Por que aprender inglês? qual é a causa ou a razão para se aprender inglês?
- minha mãe mandou. a empresa está pagando. o curso está barato. o mundo inteiro usa essa língua. Entre outras possíveis justificativas.
- Para que aprender inglês?
- para conseguir um emprego melhor. para poder me comunicar quando for viajar de novo. para morar em outro país. para entender músicas, séries e filmes em inglês. Entre outros objetivos.
Não é fácil responder essa pergunta. Nem sempre sabemos o que nos motiva. Porém, vou listar aqui algumas da situações nas quais eu, minha família e até meus alunos já passamos e que essas situações lhe ajudem a encontrar a sua motivação, o seu “para quê?”.
Para não depender somente dos agentes de intercâmbio na hora de escolher um curso, cidade ou país
Quando eu decidi que queria aprimorar meu inglês, lá pelos idos de 2011, eu não tinha tanta desenvoltura com a língua, mas sabia o suficiente para conseguir fazer pesquisas no Google e encontrar escolas, cidades e países onde era possível estudar e, se possível, ter o direito de trabalhar 20 horas por semana para ajudar nas contas. Entrei em sites da imigração de alguns países, pesquisei sobre mercado de trabalho, salário mínimo, preço de aluguel, custo de bares, restaurantes, supermercado até chegar em duas cidades: Manchester e Londres. Ganhou a cidade que me ofereceu melhor transporte público e proximidade com estações de trem para poder viajar sem muitos perrengues – Londres!
Em 2016, quando eu e minha então noiva estávamos nos preparando para o casamento e também queríamos passar uns anos fora do Brasil, pesquisei bastante sobre o Canadá e Nova Zelândia. Ganhou o país que tinha a moeda menos forte e, consequentemente, com cursos a preços mais acessíveis, bem como com boas condições de trabalho para estudantes e facilidade em se achar um emprego part-time – Nova Zelândia.
Tudo isso só foi possível porquê eu tinha conhecimento da língua e pesquisei por conta própria em sites locais da NZ, troquei emails com instituições e não precisei levar em consideração somente a opinião dos brasileiros que viviam aqui naquela época – apesar de ser um canal muito útil também.
Para conseguir um emprego melhor no exterior
Quando eu dava aulas particulares no litoral do Paraná (Guaratuba), um de meus alunos tinha uma irmã que trabalhou em cruzeiros pelo mundo todo e, especialmente, pela Europa. Lembro muito bem que ela me disse que na hora da entrevista, se seu inglês não for bom, seu trabalho vai ser basicamente braçal. O que em um navio significa trabalhar na limpeza, lavando louça, manuseando alimentos em câmaras frias, etc. Quando chegamos na NZ, tivemos o privilégio de não precisar passar por nenhum trabalho braçal porque nosso inglês era muito melhor do que de muitas pessoas. Minha esposa trabalhou como atendente em um café local e eu dando aulas de inglês nas escolas do CBD. Quando mina esposa terminou o curso dela e podia trabalhar full-time, ela conseguiu um emprego de gerência de e-commerce em uma empresa local e um ano depois, de leader em comunicação em uma multinacional com escritório na NZ.
Os meus alunos, infelizmente, não tiveram a mesma sorte. Muitos trabalharam em obras, carregando peso, tendo que aturar altos níveis de poluição sonora, fazendo limpeza de casas e AirBnb, etc. No começo, você aceita e atura essa situação pois sabe que vai ser passageira, mas no longo prazo (como foi durante os lockdowns de 2020 e 2021) e dependendo da sua idade, a situação pesa. E muito.
Para poder dar um futuro melhor pra você e sua família
Alguns países oferecem bolsas de estudos para pessoas que querem fazer mestrado, doutorado ou pós-doutorado. Mas, mesmo sem uma bolsa, fazer cursos de “alto nível” no exterior pode lhe trazer muitos benefícios. Por exemplo, aqui na NZ, se alguém quer fazer um curso de inglês, a pessoa vai ter direito a trabalhar 20 horas por semana e não vai poder trazer parentes ou dependentes nesse mesmo visto. Já quem estuda um PhD, não só pode trazer parentes e dependentes no mesmo visto, bem como usufrui do sistema de saúde como se fosse um residente. Pagando muito menos por serviços como creches e consultas médicas. Filhos têm acesso à preços muito bons em creches e escolas primárias também. Ao final do processo, as chances dessa família receberem um visto de residência aqui são infinitamente maiores e, obviamente, a margem salarial de um pesquisador é muito maior do que outras profissões.
E como sabemos dessas coisas? Entrando no site da imigração dos países e lendo as informações em inglês. Lembrando que essas informações eram válidas até Março de 2020, antes das fronteiras serem fechadas por conta da pandemia e pode ser que isso não seja mais válido por um tempo. Se quiser informação sobre os tipos de vistos, acesse o site da imigração da NZ.
Para se empoderar
Sim, você com poder! Não qualquer poder, mas poder se informar antes, sem traduções. Fazer a sua própria curadoria de conteúdo na internet. Assistir documentários e vídeos sem precisar esperar alguém traduzir. Ler notícias de outros portais, antes que eles sejam traduzidos (daqui 3 meses) para serem publicados nos portais do Brasil – se algum dia forem publicadas. Para assistir vídeos no Instagram ou TikTok, saber quando foi gravado e sobre do quê se trata e não espalhar desinformação sem querer.
Para conseguir fazer uma apresentação em inglês no seu trabalho e mostrar para os seu co-workers de outros países que o brasileiro também sabe falar inglês de qualidade. De repente, você consegue uma promoção ou até uma transferência para outro país, ou até mesmo consegue uma vaga remota, ganhando em moeda forte estrangeira e morando no Brasil.
Para conseguir fazer um curso, mesmo que online, em inglês em algum tópico que você gosta muito, mas não consegue achar no Brasil, ou que o preço não esteja tão acessível.
Para poder dar aulas de inglês para pessoas que moram perto de você, ou que trabalham com você e, assim, ajudá-las a crescerem também.
Para quebrar o ciclo e abrir portas que antes você nem sabia que existiam.
As possibilidades são muito maiores quando temos o inglês como uma ferramenta forte dentro da nossa caixa. Procure nos grupos de brasileiros fora do Brasil o que eles têm a dizer sobre isso. Aproveite que estudar inglês no Brasil é muito mais barato do que fazer um intercâmbio e comece hoje a montar um plano de estudos. Venha conversar comigo se precisar de ajuda.
Nem sempre é preciso investir rios de dinheiro para aprender inglês. Faça o download da nossa apostila grátis para aprender inglês sozinho e comece a sua jornada desde o inglês básico até o inglês avançado!
Espero que o post tenha sido útil para você(s).
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Cheers!
Teacher Rod
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