Como é a experiência de fazer inglês e viver fora do Brasil?

G’day, everyone!
In this post, I’ll share with you my own experience as well as some of my former students too.
Na semana do dia 07 ao 11 de Março de 2022, fiz algumas perguntas aos meus ex-alunos, via Google Forms, sobre como foi a experiência deles ao virem pra Nova Zelândia. Alguns estiveram aqui em 2018 e voltaram pra casa, outros ainda estão aqui. Outros, ainda, vieram com a intenção de voltar pra casa, mas foram forçados a ficar por questões de 2020. Outros nem queriam ter vindo, mas vieram, ficaram e bola pra frente.
A grande maioria está na faixa dos 20 e muitos, 30 e poucos anos, solteiros, casados, juntados. Tem de tudo. O quê também tem de bastante é gente que veio pra cá sem saber muito inglês! =/
Quase nenhum dos entrevistados teve contato contínuo com a língua e a maioria veio de um cenário muito favorável no quesito estudo. Foram alguns cursos aqui e ali quando eram pré-adolescentes, ou muito novinhos, e percebi que o inglês foi negligenciado na maior parte da vida adulta dos entrevistados. Até consigo traçar um paralelo com minha própria experiência quando minha mãe me matriculou na Cultura Inglesa (eu tinha 8-10 anos, acho) e eu achava aqui TÃO boring! Fiz dos livros – acho que dois semestres – e só voltei depois dos 16 anos na Influx e a experiência ali já foi completamente diferente e meu approach também foi outro, obviamente. Assim como alguns dos entrevistados, também deixei de concluir os cursos que fiz. O último, sendo um em uma escola de franquia local em Londrina (PR), na qual comprei 18 meses de curso, mas fiz 12 ou menos. Lembro que eu era muito mais fluente que meus colegas de sala e não tinha medo de errar, nem vergonha de falar.
Aí vem o momento da escolha de fazer um intercâmbio, de estudar fora do Brasil. Como muitos do meus ex-alunos, tive que esperar terminar a graduação pra poder sair do Brasil por um tempo. Eu queria ir pra um lugar onde não tinham muitos brasileiros e escolhi uma escola em Londres, no bairro de Ealing (West London) e, realmente, éramos em 5 ou 6 brasileiros na escola no turno da manhã! Óbvio que ficamos todos amigos! hahaha E, inclusive, um casal se formou por lá e eles foram no meu casamento em 2017!!! Mas a escolha de ir pra Londres foi porque lá é o centro da Europa e muita coisa que eu consumia, culturalmente falando, era British. Não fui pensando em ficar lá, e não fui pra lá achando que fosse um lugar próspero e seguro.
Já meus ex-alunos que vieram pra NZ, escolheram aqui por ser um lugar seguro, pela promessa de vida melhor, pela natureza, praias, e por ser BEM MAIS BARATO que outros países de falam inglês e que se pode trabalhar até 20h com um visto de estudante.
Quando se chega ao país de origem, muita coisa pode dar certo e muito pode dar errado. Eu tive a melhor das minhas experiências, fiz muito amigos, viajei, visitei museus de graça e fiz muito picnic nos parques. Meus flatmates eram engraçados (dois senhores de 50 anos, solteiros), bebiam todos os dias juntos, fumando e jogando conversa fora. A escola era razoável, mas com bons professores e o diretor escutava a gente e fazia mudanças conforme nossas “exigências”. E tudo o mais foi bem da hora. Voltei pro Brasil e a vida seguiu. Assim como alguns dos meus ex-alunos, que aproveitaram a NZ ao máximo, aproveitaram as respectivas escolas e contato com a língua e culturas diferentes, voltaram ao Brasil e a vida seguiu.
Outros alunos tiveram um pouco mais de dificuldade, sentiram mais o choque cultural e a língua era uma barreira. Pensar em inglês, falar inglês pra conseguir um emprego, pra alugar um apartamento ou dividir um flat. Nada disso é colocado em consideração ANTES de sair do Brasil. A gente pensa que vai chegar lá (ou aqui) e “tudo se resolve”, “a gente dá um jeito” e tal… De fato, a gente dá um jeito, mas vejo que acabamos nos tornando reféns da comunidade brasileira (ou colombiana, se você também fala espanhol) e o inglês acaba ficando negligenciado MESMO MORANDO FORA!!! Seus amigos da escola são brasileiros, seus flatmates são brasileiros, colegas de trabalho também, o restaurante que você vai todo fim de semana é brasileiro, e por aí vai.
Outra coisa que não levamos em consideração é o funcionamento das escolas de inglês fora do Brasil. Ensinar inglês é um business. E, como todo business, existe um modelo de negócios e uma forma de otimizar o produto/serviço. A maioria das escolas de inglês oferece cursos nos seguinte níveis:
- Beginner
- Elementary
- Pre-Intermediate
- Intermediate (+ Exam preparation classes)
- Upper-Intermediate (+ Exam preparation classes)
- Advanced (+ Exam preparation classes)
Esses níveis são divididos em cursos de 10 a 12 semanas e isso varia de acordo com o livro que as escolas usam. Geralmente, as escolas usam 2 livros e fazem rodízio de professores também. Logo, se você compra um curso longo, de 6 a 12 meses, dificilmente você vai usar o mesmo livro ou ter o mesmo professor duas vezes. Funciona muito bem, mas pro aluno recém-chegado é um terror. Imagine que você começou as aulas no Intermediate em uma segunda-feira do mês de Março. Você pode estar na unidade 1 do livro, ou na 8, ou na 4. Existe a possibilidade de você pegar “o bonde andando” e ficar boiando no começo, mas as escolas oferecem aulas no contra-turno pra você dar um up no conteúdo que você perdeu e pra você também poder passar pro próximo nível e ser feliz!
Mas o balanço geral das experiências foi positivo pra todo mundo que foi entrevistado. Os principais motivos são o dia-a-dia usando outra língua, conhecer pessoas de lugares distantes (e próximos também), e experimentar coisas novas (comida, música, baladas, empregos…). O resultado da sua experiência vai depender do seu objetivo e de como você se adapta às mudanças no meio do caminho.
Espero que tenham gostado do post de hoje e se inscrevam para não perder os próximos.
See you next time
Cheers
Teacher Rod
Olá, gostei bastante do conteúdo. Achei seu blog por “acaso” e to começando agora a ler seus posts. Estou gostando bastante do que vi até então 🙂 Você acha que é possível ir pra nova zelândia com o inglês básico ? Estou cogitando participar do processo desse ano do WHV
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Oi, Gleice.
Que bom que gostou do conteúdo do blog.
Sobre sua pergunta, acho que depende do seu objetivo final ou principal. Se for pra vir viajar e trabalhar em empregos temporários (geralmente fazendas ou obras), sim, é possível.
Agora, aprender inglês de verdade trabalhando em fazenda ou obras, aí já é mais complicado pq vai depender do quanto vc está disposta a praticar, e estudar por conta.
Eu recomendo estudar bastante aí no Brasil, fazer cursos intensivos que incluam bastante conversação pra vc chegar aqui e conseguir um emprego menos “braçal”.
Mas, de novo, depende do seu objetivo final ou principal.
Espero que a resposta tenha lhe ajudado
Cheers!
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